terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ler e Escrever Formando Profissionais.

Nesta segunda-feira, 29 de novembro, as alunas do curso de cabeleireiro profissionalizante da unidade do Brás, estiveram presentes na festa de encerramento e entrega dos diplomas de conclusão do curso.
Depois de aproximadamente 1 ano de esforço e muitas lutas elas conseguiram o tão esperado diploma com reconhecimento em todo território nacional da federação das escolas profissionais de cabeleireiros.
O primeiro passo já foi dado, agora como cabeleireiras profissionais, podem atuar como autônomas, trabalhando em suas casas e recebendo os clientes. Porém, grande parte dos cabeleireiros trabalham em salões de beleza. Alguns abrem seu próprio salão de beleza, formando uma equipe com outros cabeleireiros, manicures, maquiadores e esteticistas, facilitando uma maior captação de clientes ao oferecer mais serviços em um só lugar.
Essa é uma área que cresce bastante no mercado de trabalho. Além disso, é uma opção segura de remuneração, ao passo que o autônomo depende exclusivamente da alta freqüência de seus clientes para conseguir o lucro, mesmo em períodos de diminuição da demanda. De acordo com a região de atuação e o tipo de técnica utilizada, a faixa salarial desse profissional varia de R$ 1.000,00 a R$ 6.000,00 mensais.
Segundo a professora Adriana, as alunas já buscam novos cursos para aprimorar o conhecimento na área. "Creio que o curso não as inseriu apenas no mercado de trabalho. Ele foi além, trazendo também a auto-estima de todas. Tanto que nós percebemos que elas passaram a se arrumar melhor. A manter o cabelo mais cuidado, preocupadas com a vestimenta na hora do trabalho", finalizou.
Se você também deseja se tornar um profissional na área da beleza não perca tempo, nossas matriculas já estão abertas para início em 2012.
Maiores informações:
Rua Dr. Carlos Botelho, 427 – 2ºandar – Brás
Fone: 3497-1656
Todas as fotos do evento estão disponíveis na sessão fotos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Metade dos jovens de 14 anos já superou escolaridade de suas mães

Mais da metade (51,45%) dos adolescentes de 14 anos do país já têm escolaridade superior à de suas mães. Entre os jovens dessa faixa etária, 71% cursam os três últimos anos do ensino fundamental e 9,5% estudam no ensino médio. Os dados indicam uma baixa escolaridade das mães de alunos dessa faixa etária que apresentam, em média, 7,32 anos.
O levantamento foi feito pelo programa Todos pela Educação e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que a atual geração de crianças e jovens está superando a trajetória escolar de seus pais, mas também confirmam a baixa escolaridade de boa parte da população adulta.
“Nós temos muitos pais e mães que são muito jovens e eles já são fruto dessa inclusão recente que o país promoveu. A melhoria ainda é lenta, mas o fato é que quanto mais avançado é o ano em que a criança nasceu, maior é a chance que ela tem de completar o ensino médio”, explica a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.
O aumento dos anos de estudo gera um movimento positivo que causará impacto nas próximas gerações, diz Priscila.  Para ela, a educação é o melhor investimento porque nunca retroage. "É muito difícil você encontrar alguém que admita que o filho tenha uma escolaridade menor do que a sua. Uma mãe que concluiu o ensino médio e um filho que não completou o ensino fundamental, por exemplo. São casos raríssimos”, acrescenta.
Os dados compilados pela entidade também apontam a diferença de escolaridade entre famílias de alunos de escolas públicas e privadas. Enquanto, aos 14 anos, 60% dos estudantes da rede pública já atingiram a escolaridade de suas mães, na rede privada o percentual cai para 10%. Isso indica que as mães dos alunos dos estabelecimentos particulares têm escolaridade mais elevada. O mesmo cenário se repete na comparação entre famílias mais pobres e mais ricas.
A diferença entre os anos de estudo de pais e filhos também pode representar um obstáculo no desempenho do aluno. Pais menos escolarizados em geral se sentem despreparados para participar da vida escolar do filho. “Ele se sente acuado, acha que não pode ajudar e se envolver com os estudos do filho. Mas o importante é que a educação seja valorizada pela família, que ele seja um parceiro da escola para garantir que seu filho de fato aprenda”, pondera Priscila.
Entre estudantes negros de 14 anos, o percentual daqueles que estudaram mais do que suas mães é 56,33%, enquanto entre os brancos a taxa é quase 10 pontos percentuais menor. Segundo Priscila, o dado aponta que além do fator renda, há uma diferença de escolaridade entre mães negras e brancas - o primeiro grupo frequentou menos a escola do que o segundo.
A mesma desigualdade se verifica entre as regiões do país: enquanto no Sudeste menos da metade (47%) dos alunos de 14 anos atingiu a escolaridade de suas mães, no Nordeste esse grupo representa 58% da população nessa faixa etária.“A parte mais cruel da educação brasileira é a desigualdade. Em vez de ser um meio de superação, ela acaba reproduzindo e ampliando esse fosso”, avalia a diretora.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rumo ao diploma internacional

Muitos jovens brasileiros sonham em estudar em uma universidade estrangeira, principalmente naquelas consagradas pela excelência acadêmica, como Harvard e Yale, nos Estados Unidos, ou Oxford e Cambrigde, na Inglaterra. Não poderia ser diferente, já que uma recente pesquisa da Times Higher Education (THE), com as 200 melhores universidades no mundo, mostrou que os Estados Unidos possuem a maior concentração de instituições estreladas. Ao todo são 75 no ranking, que tem a Inglaterra na segunda posição, com 31 centros universitários. Entre as escolas brasileiras, apenas a Universidade de São Paulo (USP) entrou para a lista, ocupando a 178ª posição.

Segundo Marilda Bardal, coordenadora de Relações Internacionais da Escola Internacional de Alphaville, uma boa universidade no exterior oferece ao aluno um ensino de altíssima qualidade aliado a um suporte didático excepcional. Além da excelência acadêmica, um dos diferenciais das instituições estrangeiras é a experiência de viver no campus universitário e a possibilidade de realizar inúmeras atividades extracurriculares, como participar de grupos de pesquisa, times esportivos ou trabalho voluntário. “Há um elemento de experiência pessoal que ultrapassa o aprendizado acadêmico. O estudante aprende a ser mais independente e a cuidar das suas coisas”, assinala Marilda.

Por outro lado, mudar de país antes de completar vinte anos e, de repente, ser responsável por tarefas que não faziam parte das preocupações, como pagar aluguel, lavar roupa e preparar a própria comida, pode assustar. Segundo Marilda, o desafio de se adaptar à nova rotina se torna o centro das atenções nos primeiros meses da mudança. “Tudo é um aprendizado. Todos os alunos tiram isso de letra, porque essas questões práticas vão se resolvendo aos poucos. É preciso ser paciente”, diz.

Além disso, a vivência com estudantes de outras nacionalidades, as novas responsabilidades e a fluência em um segundo idioma vão ao longo do tempo construindo uma enorme bagagem cultural que, somados à formação acadêmica, proporcionam ao jovem a condição necessária para entrar no mercado de trabalho melhor preparados, tanto do ponto de vista pessoal como profissional.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Academia de letras integra alunos do ensino fundamental

Um jeito lúdico de ensinar literatura está sendo usado para aumentar o interesse de estudantes de escolas públicas na zona leste da cidade de São Paulo. A Academia Estudantil de Letras (AEL) é uma estratégia pedagógica que tem dado bons resultados e começa a ser levado para cidades vizinhas, além de já ter atravessado a fronteira do estado.
Inspirada na Academia Brasileira de Letras, a AEL foi criada em 2005 na Escola Municipal Padre Antônio Vieira, no Jardim Nordeste, na região de Artur Alvim, bairro da zona leste da capital paulista, onde 18 escolas da rede municipal de ensino fundamental já contam com a metodologia. Nessas instituições, 85 estudantes fazem parte de 61 cadeiras literárias.
Uma unidade da academia já foi implantada, inclusive, no Rio Grande do Norte, disse a idealizadora do projeto Maria Sueli Fonseca Gonçalves, atual assistente técnico de educação da Diretoria Regional de Educação, órgão da prefeitura de São Paulo.
Ela explicou que a ideia é despertar no aluno o interesse pela escola trabalhando a sua autoestima. "O que nós buscamos é um conceito de inclusão, de trabalhar a autoestima, mostrar o potencial de cada um. Já pudemos ver casos de alunos que toda a semana tínhamos de chamar os responsáveis por causa de seus atos de indisciplinas mudarem o seu comportamento", disse. "Tentei criar uma maneira lúdica de incentivar crianças e jovens o amor pela leitura. Na medida em que eles leem os livros, imitam personagens, refletem sobre as ações destes personagens e, com isto, estão pensando na própria vida", explicou.
Nas unidades, os alunos também são estimulados a conhecer a vida e a obra de autores que vão dos clássicos de séculos passados aos contemporâneos. As aulas ocorrem uma vez por semana e a maioria tem idade entre 6 anos e 14 anos de idade, mas são admitidos também estudantes mais velhos do curso Educação de Jovens e Adultos (EJA).

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Exame Final Cabeleireiro Profissinalizante 2011

A Organização Educacional Ler e Escrever, como tem feito todo final de ano letivo, levou seus alunos do Curso Profissionalizante de Cabeleireiros a avaliação final junto a Federação das Escolas Profissionais e Similares de Cabeleireiros do Estado de São Paulo.
Fizeram a avaliação final 16 alunas, que de acordo com os avaliadores da Federação, estão muito bem instruidas e possuem conhecimentos técnicos apropriados para se tornarem profissionais inseridas em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
Algumas destas alunas, já estão trabalhando na área de Estética e almejam continuarem estudando dentro de sua área, para se aperfeiçoarem levando a seus clientes um trabalho de qualidade.
Como exemplo de perseverança e vitória, temos a aluna Margarida (foto ao lado) que entrou em 2010 para estudar alfabetização de jovens e adultos, e ao tomar conhecimento de nossos cursos profissionalizantes se matriculou no Curso Profissionalizante de Cabeleireiro e hoje, está feliz por ter alcançado um objetivo social que é o de aprender a Ler e Escrever e também se tornar um cabeleireira, recebendo o Diploma de Cabeleireira Profissional.
Este é um dos testemunhos de conquistas destes alunos vitoriosos, que alcançaram o que era, para alguns, quase impossível.
Hoje o Ler e Escrever não é somente um curso de alfabetização de jovens e adultos, mas procura inseri-los como autonomos e profissionais em diferentes áreas de atuação, como Estética, informática, capacitação com palestras em parceria com o Sebrae, entre outros.

Venha você também a ser uma pessoa vitoriosa! Faça sua matrícula para o ano de 2012. Inscrições abertas com início das aulas em Fevereiro de 2012.




Maiores Informações:
Rua Dr. Carlos Botelho, 427 - Brás
Tel. 3497-1656 - ID 86*39793

Confira todas as fotos do exame no botão acima FOTOS.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Administração é o curso com maior número de estudantes no país

Dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgados nesta semana pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que o curso de administração é o que tem maior número de estudantes no país: 705.690. Na lista das graduações mais populares, aparecem, na sequência, direito (694 mil), pedagogia (297 mil), enfermagem (244,5 mil) e ciências contábeis (244,2 mil). Os números referem-se apenas às matrículas dos cursos presenciais, que totalizam 3,1 milhões de estudantes.
Para o secretário de Educação Superior do MEC, Luiz Cláudio Costa, não é positivo que haja concentração da formação em áreas específicas. “Isso não é bom para o desenvolvimento do país, nem vantajoso do ponto de vista social e econômico. Temos que continuar trabalhando por meio de mecanismos de oferta que incentivem a criação de novos cursos e permitam ao aluno ter melhor visualização das vagas disponíveis”, explica o secretário. Ele cita como exemplo o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ferramenta criada pelo MEC em 2009, que reúne vagas oferecidas por diferentes instituições públicas de ensino superior e permite ao aluno pleitear uma delas utilizando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Em 2010, foram oferecidos 3,1 milhões de vagas pelas instituições públicas e privadas em cursos presenciais e o dobro de estudantes se inscreveu nos processos seletivos em busca de uma delas. Entre os cursos com maior procura, o campeão foi direito: 632 mil candidatos para disputar uma das 218 mil vagas ofertadas. Em segundo lugar vem administração, com 617 mil inscritos, seguido por medicina, com 542 mil, pedagogia, com 268 mil, e enfermagem, com 257 mil.
Segundo Costa, houve um incremento de 45% no número de alunos que ingressaram nos cursos de engenharia – área considerada estratégica pelo governo e que sofre com a falta de mão de obra qualificada. “Pode não haver vaga no mercado de trabalho para tanto administrador que está se formando e, ao mesmo tempo, o Brasil precisa de outras carreiras”, pondera o secretário.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MEC pode suspender 30 instituições por nota baixa no Enade

O Ministério da Educação deve anunciar nos próximos dias o descredenciamento de dezenas de faculdades, que ficarão proibidas de receber novos alunos.
Serão atingidas pela medida as instituições que, pela terceira vez seguida, tiraram nota menor do que três no Enade (numa escala que vai até 5), o exame que avalia os alunos dos cursos de graduação.
A exclusão de faculdades do sistema por causa de notas baixas no Enade não é inédita. Mas, desta vez, a "pancada" deve ser "bem maior", de acordo com técnico da pasta que acompanha as avaliações.
O número de escolas excluídas pode chegar a 30.
Está semana , o Ministério da Educação suspendeu cerca de 11 mil vagas de 136 cursos de direito que tiveram resultados insatisfatórios em avaliações da pasta. A medida, publicada no "Diário Oficial da União" desta quinta-feira, que receberam notas 1 e 2, em uma escala de 1 a 5, no CPC (Conceito Preliminar de Curso).

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Número de alunos em curso superior cresce 7%, mostra Censo

O número de alunos matriculados em cursos de graduação no país aumentou 7% no ano passado em relação a 2009. Segundo a edição 2010 do Censo da Educação Superior, divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação, o Brasil atingiu 6,3 milhões de matrículas em 29,5 mil cursos oferecidos por 2.377 instituições.
Considerando toda a última década, de 2001 a 2010, o crescimento no número de matrículas foi de 110%.
"O resultado é positivo e prenuncia o cumprimento das metas estabelecidas para 2010. Houve aumento na matrículas em todo o país e também na qualificação dos docentes, portanto há mais pessoas estudante com mais qualidade", disse o ministro Fernando Haddad.
"Talvez tenha sido a melhor década de acesso à educação superior, tanto em termos relativos como em absolutos --mas sobretudo em absolutos."
Segundo o ministério, um dos fatores que explicam o crescimento é o aumento da oferta de cursos a distância e tecnológicos --a modalidade a distância representou 14,6% do total em 2010.
Haddad disse que o ritmo de crescimento do ensino à distância só não foi mais forte porque o MEC controlou a alta. "O EAD [ensino à distância] só não cresce mais em função do MEC. O MEC está ditando o ritmo de crescimento do EAD para não ter o efeito da educação presencial. Não queremos que aconteça com a EAD aquilo que aconteceu nos anos 1990 com a educação presencial --crescer descontrolado e com qualidade inferior".
O Censo também detectou que o percentual de matrículas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aumentou de 2001 para 2010, em contrapartida ao decréscimo da participação das regiões Sudeste e Sul no total.
Os alunos de graduação também estão mais jovens e preferem estudar à noite.
Em 2010, a média de idade dos alunos dos cursos presenciais foi de 26 anos. Já nos cursos a distância, a média é de 33 anos. Entre 2000 e 2010, as matrículas presenciais noturnas passam de 56% para 63% do total. Considerando apenas as instituições privadas, as matrículas noturnas corresponderam a 73% em 2010.
As mulheres são maioria entre os alunos. No ano passado, 57% das matrículas foram feitas por mulheres, índice que sobe para 61% considerando apenas os alunos no último ano do curso.
"Há uma fronteira a ser explorada. Brasileiros entre 30 e 40 anos que querem voltar a estudar, mas nesse momento estamos mais preocupados com a qualidade do que com a questão quantitativa."

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Um sonho conquistado

Dia 19/10/89
     Amanheceu e partimos de Jerusalém rumo ao Monte Sinai, localizado em território do Egito, para isto deveria chegar a Cidade de Eliat, localizada junto ao Mar do Mediterrâneo, porta de entrada da fronteira entre estes dois países.
     Na fronteira, deveríamos sair de nosso ônibus, percorrer uma distância de aproximadamente de 200 metros, onde fomos revistados e revistados, sob o olhar dos militares que se posicionavam em suas trincheiras por onde deveríamos nos locomover até chegar ao outro lado onde um outro ônibus nos esperava, para nos levar ao vale do Sinai, localizado a 300 ou 400 km. Dali.
Já em território do Egito, dentro de um ônibus que não possuía nenhuma condição, sob um sol de 40 a 45 graus, iniciamos nossa viagem pelo deserto do Sinai. De vez em quando víamos alguns habitantes nômades do deserto, os beduínos, com suas famílias, camelos e trajes típicos, vagando pelas areias quentes, ao lado da estrada.
     Passamos por diversas barreiras militares em nosso percurso, sob os olhos atentos dos soldados, por vezes pediam que parasse o veiculo para revista.
O caminho que percorremos foi o mesmo que o povo judeu comandado por Moisés percorreu em seus 40 anos circulando pelo deserto, até a terra prometida. Só areia, pedras, montanhas e por vezes arvores reserguidas em uma paisagem desértica, onde o vento no deserto levantava nuvens de poeira.
     Ao anoitecer chegamos a um hotel localizado perto da base do Monte Sinai, onde não havia nenhuma estrutura a não ser para viajantes, simplesmente simples, porém tinha o básico que necessitávamos água e alimentação.
     Após o jantar, nos reunimos junto ao ônibus que nos levaria o mais perto possível do Monte, localizado a uns 8 km de distância. A temperatura que durante o dia era de 40 a 45 graus, a noite chegava a 5 graus, Um frio que gelava a alma e por isto tivemos que colocar roupas sobre roupas.
     Cada um levava sua lanterna ou farolete e água, pois a noite estava um breu e eram já mais de 11 horas da noite quando chegamos ao vale do Sinai onde encontramos com os guias egípcios que nos guiariam até o cume.
    Seguimos agora pelo vale, andando por um caminho pedregoso, pois pedras e rochas são o que não faltava por ali. Do nosso lado direito, avistamos uma construção ao sopé das montanhas, habitadas pelos monges religiosos.
     Nossos guias egípcios conhecem o caminho com facilidade e nos auxiliam a levar o material e os pedidos que serão queimados com os nossos lá no cume, pois creio que os nossos lá estão também. Comunicávamos por meio de sinais e por vezes tínhamos que gritar “Stop, Stop”, pois já iam muito a nossa frente.
     Uma hora já se passou nesta caminhada e estamos chegando ao sopé das montanhas. O céu esta lindo, límpido, com milhares de estrelas que nos auxiliam nesta jornada.
20/10/89
      Não faltou muito e as mulheres, começaram a reclamar da falta de ar e cansaço, o que levou o Pastor Paulo Roberto, hoje Bispo a retornar a base, enquanto os outros sob o comando do Bispo Macedo continuava a subir rumo ao objetivo proposto.
     Devido ao intenso frio, colocamos diversas roupas que fomos tirando aos poucos, no calor da subida. Pelo caminho, encontramos rochas imponentes, como se fossem guardiões daquele caminho sinuoso e estreito.
     Já são 2,30 horas da madrugada e parece que o cume é logo ali, porém só alcançamos mais uma etapa e continuamos a subir. Muitas montanhas ficam para trás, quase não as enxergávamos, pois estava escuro como breu, porém o céu, cada vez mais esta mais perto, mais lindo. Da até para notar meteoritos, rasgando o céu com sua cauda luminosa.
     Por diversas vezes temos de parar, pois o coração parece que vai sair pela boca, batendo tão depressa que o peito chega a doer e o ar rarefeito, faz com que a boca fique seca.
     Os guias que nos auxiliam e muito, passam por nós com tanta facilidade, que nos impressiona e não foi uma ou duas vezes que tivemos que pedir que nos aguardassem, pois já iam longe.
     Chegamos. Oh, que alivio! O ar aqui é rarefeito, o jeito é tomar água e com um pano úmido colocado nos lábios e narinas procurar respirar o melhor possível. Mas espere ai! Chegamos sim a uma plataforma, onde devemos continuar subindo, agora uma escada feita nas rochas com aproximadamente 800 degraus. Meu Deus, que canseira.
     A cada 40 ou 50 degraus, parávamos para respirar, pois além do ar ser rarefeito, como disse o coração parecia que ia sair peito a fora. Avistamos uma pequena construção no topo, talvez um local de descanso dos peregrinos, porém estava fechada, mas chegamos e nos jogamos no chão para descansarmos um pouco, pois já eram 4 ou 4.30 horas da madrugada.
É 5.30 h da manhã e o Bispo Macedo convidou a todo para a oração e queima dos pedidos. O meu também estava no meio de muitos e a fumaça subia ao céu como se fosse levada a presença de Deus por cada um de nós.
Após a oração começava há raiar o dia, as rochas que eram escuras e frias, agora já começam a ser delineadas. O sol começava a raiar e assim pudemos notar que estávamos sim na mais alta montanha da cordilheira, onde o clarear fazia as rochas possuírem uma cor dourada, lindo.
     Meu Deus conseguimos! Um sonho que se tornou realidade. Eu aqui, no Sinai, onde vivi momentos inesquecíveis, que só em Espírito pode ser vivenciada.
     Missão cumprida temos que voltar, pois o ônibus tem horário de voltar ao hotel e depois nos levar a fronteira de Israel.
     Iniciamos a descida, que é muito pior que a subida, mil vezes. A cada degrau, a cada pedra na descida, por vezes não conseguíamos sentir nossa pernas, que não tinham mais controle e cada vez ficava mais difícil.
     Os guias nos trouxeram por outro caminho e por ter muitos mais degraus encravados nas rochas, sofremos mais ainda. Nossas pernas, ò Deus, não queriam responder e cada curva abaixo, pensávamos que estávamos chegando e era só ilusão, mais descidas.
Com o clarear do dia, realmente pudemos notar o quão alto tínhamos subido e quão grande foi à valentia e determinação que nos susteve até aqui em nosso objetivo.
     Estávamos a alguns quilômetros do mosteiro que se localizava na base da montanha e vimos quando nosso ônibus foi se retirando para o hotel. Meu Deus, gritamos, acenamos, mas foi em vão.
     Ó meu Deus que canseira. E agora teremos que caminhar mais 8 km. Até o hotel. Porém ao chegarmos ao vale, encontramos outro grupo que se dirigia ao hotel, em seu ônibus e pedimos que nos levassem. Demos adeus aos guias e fomos em direção a nossa base.
     No caminho encontramos outras pessoas de nosso grupo que foram conosco até o hotel.
     Pensamos que íamos descansar. Mas que nada. Só um café simples e de volta ao ônibus, pois devemos chegar a fronteira antes das 4 horas da tarde, pois fecha a fronteira.
Ou dormiríamos dentro do ônibus. Saímos às 9 horas, um sol, meu Deus, o ônibus parecia um forno. Meu cantil satisfazia a nós e a muitos outros. Graças a Deus.
     Por diversas vezes encontramos na volta, barreiras com soldados do Egito no meio do deserto, com poucas condições, tanto de higiene, quanto de logística, esquecidos neste fim de mundo.
Chegamos a fronteira  e a volta foi tão complicada quanto a ida. Revista e revista tudo outra vez. Demoramos quase duas horas para percorrer quase 200 metros de barreiras, sempre vigiados entre o Egito e Israel, onde tomamos nosso ônibus rumo ao hotel em Eliat.
     Que diferença entre os dois ônibus. Mas temos a certeza que nosso sacrifício será recompensado por Deus. E assim o foi. Alguns meses depois consegui a resposta de meu pedido e soube também que o Bispo Macedo também o seu.
21/10/89
     Sacrifício. Sim foi um sacrifício. Porém agora que descansamos, comemos, tomamos nosso banho, estávamos prontos para retornar ao nosso país. O Brasil e nos preparar novamente para novos sonhos que temos a certeza que se concretizaram, pela Fé, em nossas vidas. Amém.
Luiz Antonio Dobroca.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Organização Ler e Escrever recebe a Salva de Prata da Câmara

A Câmara Municipal entregou nesta segunda-feira, em Sessão Solene, a honraria Salva de Prata à Organização Educacional Ler e Escrever. A homenagem aprovada pelo Legislativo foi proposta pelo vereador Atílio Francisco (PRB).
Segundo o parlamentar, a entidade, mantida há 15 anos pela Igreja Universal do Reino de Deus, faz um importante trabalho de erradicação do analfabetismo no Brasil e em países de língua portuguesa.
Na justificativa, ele cita que a instituição iniciou um projeto de alfabetização de jovens e adultos e depois expandiu sua atuação para cursos profissionalizantes, que facilitam o ingresso no mercado profissional. Todo o trabalho é realizado por professores voluntários.
Atílio Francisco destaca também que o projeto Ler e Escrever prepara o aluno para o futuro, oferecendo condições para uma posterior avaliação no sistema público de educação, que proporciona a obtenção do certificado e a continuidade dos estudos em supletivos da 5ª à 8ª série.
O vereador ressalta ainda que todas as ações são fundamentadas na livre iniciativa, na capacidade empresarial, na ética e na autonomia.
A Sessão Solene para a entrega da Salva de Prata à Organização Educacional Ler e Escrever foi realizada às 19h30 desta segunda-feira, no Plenário 1º de Maio, da Câmara Municipal de São Paulo.
“O projeto Ler e Escrever foi criado em 1996 e é totalmente criado e sustentado pela Igreja Universal do Reino de Deus. Nesses 15 anos, alguns milhares de pessoas tiveram a oportunidade de participar desse projeto. Tem pessoas que começaram a ler e escrever lá e acabaram se formando na universidade. O projeto é fantástico, a Igreja Universal está de parabéns, e o senhor Luiz Dobroca, que será homenageado em nome da entidade, também”, disse o vereador.
“Não tenho palavras para agradecer a acolhida de todos os presentes. Se fosse numerar todos os companheiros dessa longa jornada, ficaríamos aqui até altas horas. Estamos renovando nossas forças para ampliar nossas atividades, com a certeza de que proporcionamos aos nossos alunos um aprendizado com dignidade e um ensino de qualidade. Obrigado a todos pela Salva de Prata que aqui recebemos”, disse Luiz Antonio Dobroca, coordenador estadual da Organização Educacional Ler e Escrever.
Participaram da sessão solene o deputado estadual Sebastião Santos (PRB), o vereador Souza Santos (PSD) e o professor universitário e voluntário do Projeto Ler e Escrever José Curiacos Neto, além do vereador Atílio Francisco e do homenageado.
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