quarta-feira, 18 de abril de 2012

Informática e enfermagem são os cursos técnicos mais populares, segundo Censo Escolar

Os cursos profissionalizantes de informática, na rede pública, e de enfermagem, na rede privada, são os que possuem a maior quantidade de matrícula, segundo o Censo Escolar da Educação Básica de 2011.
O Censo Escolar da Educação Básica é uma pesquisa realizada anualmente pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Estabelecimentos públicos e privados de educação básica são obrigados por lei a oferecer as informações.
Na rede pública, o levantamento contabilizou 669.761 matrículas em 2011, sendo que 57% delas estão concentradas em dez cursos (veja tabela ao lado. Especificamente na rede de ensino federal, lideram os cursos de informática (13,2%), de agropecuária (11,6%) e de edificações (7,9%).
Já na rede de ensino privada, foram contabilzadas 581.139 matrículas, sendo que 65,1% delas estão concentradas nos dez cursos enumerados abaixo.

Gestão e de indústria pagam melhor

Independente da área escolhida, um curso técnico pode elevar, em média, 14% a remuneração de um profissional em relação a outro que tenha apenas o ensino médio, compara  Marcelo Neri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
"Uma vantagem é que o curso técnico não é como uma universidade, com a qual você tem que se comprometer por quatro anos. Além disso, é voltado para uma atividade prática, tem duração menor e permite conciliar trabalho e estudo", analisa.

Há, porém, maiores chances de obter trabalho com melhores salários os estudantes que optarem pela área de indústria e de gestão. “Considerando os cursos de saúde como base, a remuneração de um técnico de informática é 3% menor; os de gestão são 2%; e os de indústria, 11% maior”, indica Neri.
O tipo de instituição escolhida também pode interferir no salário, segundo o pesquisador. "O estudo apontou que os cursos mais rentáveis são do sistema S (Senai, Senac). Depois, os de escolas particulares, em seguida os ofercidos por ONGs e, por último, os cursos de instituições públicas", enumera.
O índice de comparação é resultado da pesquisa “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, publicada no início de 2011, com dados de 2007. Segundo Neri, essa avaliação também leva em conta os cursos de qualificação, que diferem no curso técnico.

Rede pública cresceu 70% em quatro anos

Entre 2007 e 2011, o número de matrículas nos cursos profissionalizantes de nível médio das redes federal, estadual e municipal cresceu 70%.  A quantidade de estudantes passou de 393.008 estudantes matriculados em 2007 para 669.761 em 2011.
O maior crescimento foi nas instituições estaduais, que ampliaram em 76,7% suas matrículas. As federais também cresceram expressivamente: 73% nos últimos quatro anos.
Consequentemente, aumentou a participação da rede pública no total de matrículas dos cursos profissionalizantes de 50% em 2007 para 53,5% em 2011.

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