De acordo com Emília, tarefas inadequadas, sálario abaixo do praticado no mercado, falta de perspectivas dentro da empresa e relacionamento difícil com colegas ou com a líderança são as situações que mais levam os profissionais à sensação de não pertencimento.
Caso o sentimento, muitas vezes angustiante, não seja contornado, o profissional, alerta a consultora, pode produzir menos, ficar agressivo, ou mesmo deprimido.
"O profissional pode produzir menos, ficar agressivo, se sentir vítima... Contudo, se a pessoa tiver um bom autocontrole, ela consegue transformar o sentimento em combustível para tentar se destacar".
O que fazer?
Para não deixar que o sentimento de não pertencimento atrapalhe o desenvolvimento na carreira, Emília diz que o profissional deve, primeiramente, procurar se autoavaliar para tentar descobrir a origem do sentimento. A medida, diz ela, é importante para que a pessoa saiba quais providências tomar.
Feito isso, sugere, a pessoa deve tentar resolver a situação, buscando, por exemplo, o feedback do líder, colocando para o mesmo fatos reais para que ele o ajude a procurar soluções. Além disso, resalta, é essencial que o profissional procure maneiras de se automotivar.
Para Emília, a única atitude que não deve ser tomada de forma alguma é deixar a situação como está.
"O profissional que se sente como não pertencendo ao time de trabalho, após procurar avaliar o que realmente está provocando este sentimento, se é, por exemplo, uma percepção equivocada, um problema pessoal, e ainda, após tentar conversar com a liderança continuar se sentindo como "um peixe fora d'água", deve procurar um coaching, uma mudança de área dentro da própria empresa ou ainda uma recolocação no mercado, em um local onde ele possa se sentir mais realizado, profissional e pessoalmente, pois a pessoa tem a responsabilidade sobre sua carreira e realização pessoal".
Líder
No que diz respeito ao líder, este, avalia a consultora, deve sempre ficar atento à sua equipe, sendo que o isolamento de um profissional pode ser um índicio de que algo não está bem.
"Se o líder perceber que é um problema individual, deve chamar o profissional para uma conversa. Por outro lado, se o problema for da equipe para com a pessoa, deve haver uma conversa individual com cada membro da equipe, pedindo, inclusive, sugestão para solucionar a questão", sugere.
Por mim, fala a consultora, o líder deve atender à própria conduta, para que o fato de ele ser mais próximo de determinada pessoa ou grupo dentro da equipe, não faça com que algum profissional se sinta diferente.
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